Nota sobre a insegurança de passageiros e motoristas causada pelos pulos de catraca

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O Setransp reforça que o pulo de catraca é considerado um crime. A prática, descrita no artigo 176 do Código Penal, estabelece como fraude o ato de utilizar um meio de transporte sem dispor dos recursos necessários para efetuar o pagamento. O maior prejuízo dessa prática é a insegurança gerada aos motoristas e passageiros.

Com o intuito de reforçar a segurança dos usuários do transporte público e os motoristas, em 2023, a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) determinou a implantação de catraca alta em áreas com alto índice de pulos de catraca, como é o caso da Barra dos Coqueiros, que chegou a ser solicitado pela SMTT local e pelos próprios trabalhadores do transporte, e em algumas áreas de São Cristóvão e Aracaju, onde também foram identificadas ocorrências recorrentes.

Muitos trabalhadores do transporte chegaram a pedir a transferência das linhas de maior número de registros e o sindicato dos rodoviários também cobrou a implantação da catraca alta como medida de proteção. Mas a catraca alta já conseguiu eliminar 90% dos registros de pulos, gerando mais segurança, isso porque, esse tipo de ocorrência chega a resultar em muitos momentos em arrastões com assaltos aos passageiros, além de ameaças aos motoristas.  

As câmeras de segurança registraram mais de 349 mil pulos de catraca em uma das empresas de ônibus, uma média de mais de 29 mil pulos por mês ocasionando um prejuízo financeiro estimado em mais de R$ 1,5 milhão no ano. O valor é equivalente ao investimento em dois ônibus novos convencionais.

Além dos impactos diretos para a segurança com a sensação de pânico para motorista e passageiros, quem não paga a tarifa onera quem paga.  O cálculo tarifário é baseado na divisão do custo do serviço e do número de passageiros pagantes, então se menos pessoas pagam a tarifa, o preço da passagem tende a ser maior. Essas ocorrências também interferem na distribuição da frota, pois sem o registro com o giro da catraca o sistema acaba não identificando a quantidade real de usuários que circulam nas linhas.

Todas as pessoas devem passar pela catraca seja pagando a tarifa ou acessando com o cartão gratuidade, isso gera mais segurança, controle e mobilidade no embarque no ônibus. Já para as pessoas com pouca mobilidade, obesos e gestantes, os assentos da dianteira são destinados exclusivamente para elas, justamente para não passarem pela catraca.

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