Setor de Transporte Público combate crime de fraude por meio da biometria facial

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Recurso torna bilhetagem eletrônica mais célere e garante gestão mais transparente no uso das gratuidades

Somente no período de setembro a dezembro do ano passado, foram registradas, por meio da implementação da biometria facial, mais de 2,2 mil fraudes referentes à gratuidade de idosos em Aracaju e Região Metropolitana.

No mesmo ano, no período compreendido entre maio e dezembro, agora em relação a não conformidade nos cartões Mais Aracaju Escolar, foram registrados mais de 2 mil casos. Contabilizando os dados, nestes dois tipos de benefício, foram mais de 4,3 mil fraudes identificadas em apenas oito meses. 

“Quando uma pessoa, que não tem o direito à gratuidade, utiliza esse tipo de cartão comete um crime, usurpando um direito que não lhe pertence. Isso gera um desequilíbrio econômico no setor porque são mais passageiros usando indevidamente o transporte e menos passageiros efetuando o pagamento da tarifa. Isso também proporciona menos investimentos. A biometria facial vem para combater esse tipo de prática”, esclarece a presidente do Setransp, Raissa Cruz.  

A implementação  da biometria facial substitui o finger, que consistia no reconhecimento pela impressão digital do passageiro. “O recurso exigia uma manutenção constante dos equipamentos e apresentava inúmeras complicações, como por exemplo, a dificuldade na leitura da digital de idosos e o contratempo em ter que comparecer para atualizar essa digital” explica o gerente de tecnologia da informação da Aracajucard, Paulo Miranda. 

O especialista em TI complementa elucidando que “com a tecnologia da biometria facial não é necessária a atualização cadastral da foto, mesmo com algumas mudanças na fisionomia decorrentes da idade. O recurso também trouxe celeridade às viagens, porque no finger, qualquer sujeira no leitor, ou na mão do passageiro, já impedia a leitura da digital. Quanto mais tempo o veículo passa parado, mais atrasos e queima de combustível acontece” 

Quando a fraude é identificada

 Em 2023, no momento em que era identificada a não conformidade no reconhecimento facial dos seus cartões, os estudantes do sistema, bem como os idosos, recebiam um email com um prazo de sete dias para justificar  a situação.

Se durante esse período o estudante não comparecesse ao Centro de Atendimento ao Cidadão, Ceac, a cota do seu cartão era retirada, impossibilitando a compra de novas passagens até a realização da justificativa. Neste ano de 2024, esses estudantes já têm seu cartão bloqueado imediatamente.

“No ano passado realizamos o processo de fiscalização da biometria facial e 50% dos notificados não compareceram, então em 2024 começamos de fato a bloquear esses cartões, até a justificativa ser apresentada e um termo assinado”, reforça o diretor executivo da Aracajucard, José Amâncio. 

Amâncio ainda salienta que “em casos de reincidência, a penalidade é maior e o passageiro é comunicado no momento em que vem à sede da Aracajucard. Na maioria desses casos de fraudes, o sistema identificou o uso indevido da gratuidade do idoso por parte de membros da família”.

Ele conclui que “é importante o idoso e outros portadores da gratuidade se conscientizarem que o direito é de uso exclusivo deles, e que é crime compartilhar com terceiros. No caso dos idosos, é importante que a família ajude nesse entendimento”. 

Outro tipo de fraude 

Além de terceiros utilizarem  o cartão Mais Aracaju de gratuidade destinado a outra pessoa, por exemplo, ainda existem passageiros que tentam fraudar o sistema de bilhetagem eletrônica por meio da utilização de um cartão falso. 

Quando o cartão é danificado pelo sistema e o validador por consequência queima esse cartão, o passageiro não paga e o motorista permite que ele desça do veículo orientando a resolução do problema. Neste cenário surgem pessoas que coagem os motoristas atestando que o cartão está danificado,  entretanto, o cartão é ilegítimo e tem por finalidade fraudar o sistema para utilizar o serviço gratuitamente. 

“Como o motorista não pode averiguar se a informação é verdadeira, afinal, o cartão não é uma cédula de dinheiro que se coloca contra a luz para comprovar sua veracidade, a fraude infelizmente acaba ocorrendo”, lamenta Paulo. 

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