O sindicato destacou o panorama atual do setor de transporte coletivo e anunciou a nova categoria do Prêmio Setransp de Jornalismo ano IX
O Sindicato das Empresas de Transportes e Passageiros (Setransp) promoveu o Café com a Imprensa, na manhã da terça-feira, 15, no Del Mar Hotel, quando diversos jornalistas e radialistas – representando todos os veículos de Aracaju – e empresários do setor do transporte discutiram os desafios diários enfrentados pelo setor do transporte público coletivo e as soluções para avançar no desenvolvimento da mobilidade urbana de Aracaju e região Metropolitana.
Foi exposto um panorama do setor e entre os destaques estavam pontos negativos como a falta de prioridade para o coletivo e o aumento de clandestinos, e positivos como a queda no número de assaltos a ônibus. De acordo com o Setransp, foram mais de mil casos a menos este ano em comparação a 2016, quando os dados apontavam 1.306 crimes. Outros pontos destacados foram a evasão do número de passageiros que chega a 31,49% e o aumento do volume de gratuidades, que atualmente corresponde a 80,87%. “Não somos contra a gratuidade. Nossa preocupação é como custear o benefício sem prejudicar no orçamento das pessoas que pagam a passagem”, explicou o presidente do Setransp, Alberto Almeida.
Em se tratando das faixas exclusivas ou prioritárias, Alberto Almeida pontuou: “a implantação das faixas é o primeiro passo e um caminho importante para dar prioridade ao transporte público, sendo que ela apresenta um custo baixo e apresenta resultados imediatos”. De acordo com o sindicato, o transporte público é responsável pela mobilidade de 75% a 80% da população, no entanto somente 30% das vias são destinadas a esse modal, enquanto o transporte individual ocupa 70%.
“É importante ressaltar que as faixas exclusivas não são para os ônibus, são para quem anda de ônibus. Ela é destinada para aqueles que passam de 40/ 50 minutos dentro do transporte público. Se fizermos um cálculo rápido e diminuirmos em meia hora de uma manhã ou meia hora de uma tarde no trajeto de um usuário, ele terá pelo menos um dia no mês para conviver com a família, ou para utilizar o ônibus para o lazer, dentre outras atividades”, reforçou Alberto Almeida, acreditando que, com o projeto da Prefeitura Municipal de modernização das vias de Aracaju, sejam retomada as faixas exclusivas.
O transporte clandestino também foi lembrado no debate como uma operação não tributada como o serviço de ônibus, que não presta contas em fiscalizações, traz riscos à população no aspecto insegurança para mobilidade urbana e ainda atua apenas em áreas de interesse lucrativo. Na oportunidade, a superintendente do Setransp, Raissa Cruz, anunciou a nova categoria do Prêmio Setransp de Jornalismo “Reportagem Especial”, que terá como tema específico o “Consequências do transporte clandestino para saúde das pessoas e da mobilidade urbana”.
“O tema geral para as demais categorias do Prêmio Setransp de Jornalismo continua como foi anunciado no dia da última entrega ‘Mobilidade Urbana: necessidades, desafios e alternativas. Mas seguindo outros prêmios de destaque nacional, que, assim como o Prêmio Setransp, também acontecem em parceria com a FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), estamos incluindo mais uma categoria, esta como Reportagem Especial, para tratar do tema transporte clandestino. Será uma forma de valorizar ainda mais a imprensa que movimenta assuntos relevantes como esse na sociedade, e contribuem para com a mobilidade urbana e até com a saúde pública, haja vista que o assunto ‘clandestino’ passa por questões como segurança e acidentes de trânsito”, frisou Raissa Cruz.
As inscrições para o Prêmio Setransp de Jornalismo estão abertas e vão até o dia 10 de janeiro de 2020. Podem concorrer as matérias veiculadas desde 1º de janeiro de 2019 a 10 de janeiro de 2020. Confira mais detalhes em setransp-aju.com.br/premiojornalismo