Atendimento inclusivo: Setransp possui dez colaboradores formados no curso de libras

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A tarde de ontem, 03 de abril, foi daquelas que ficam para a história. O momento marca mais um passo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju – Setransp – no sentido de otimizar o seu atendimento ao público de modo inclusivo. Isso porque agora a instituição conta com nada menos que dez atendentes capacitadas na linguagem de sinais. 

 

Os certificados de conclusão do curso foram entregues em solenidade ocorrida no auditório da Caase – OAB Aracaju, pelo Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Ministério do Trabalho. A ocasião foi prestigiada pela gerente Institucional Mônica Quintino e por Andrea Aragão, gerente de Produto e Negócios, ambas do Setransp. 

 

Comandando o setor de atendimento, Andrea Aragão considera estratégica essa preocupação do Setransp em promover a inclusão social. “Com colaboradores capacitados em libras poderemos oferecer um atendimento qualificado também às pessoas surdas. Isso representa um salto qualitativo que todas as empresas deveriam se preocupar em dar”, defende ela.

 

Para Mônica Quintino, que trabalha diretamente com as entidades que representam as pessoas com deficiência que fazem uso do transporte público gratuitamente através do cartão Mais Aracaju Gratuidade, a oportunidade vem unir forças no sentido de otimizar o atendimento oferecido pelo sindicato. “Considero de suma importância esse passo que estamos dando. Ter uma comunicação clara com os nossos clientes é fundamental. Esse curso mostra o nosso compromisso com a qualidade dos nossos serviços”, declarou ela. 

 

Para quem participou do curso, a experiência também foi bastante válida. Após três meses tendo aulas no período noturno, a recepcionista Marlene Andrade dos Santos se diz realizada. Ela conta que já tinha interesse em conhecer mais sobre a língua dos sinais e a oportunidade veio em momento bastante propício. Formada em Pedagogia, ela estudava a possibilidade de fazer uma pós-graduação na área de libras. Depois do curso não restam mais dúvidas: é nessa área que ela irá se especializar. 

 

Marlene recorda também que só não passou por apuros para atender pessoas surdas que chegaram à recepção da sede do Setransp por que já tinha um conhecimento mínimo e empírico da língua dos sinais. “Antes de entrar no sindicato trabalhava em uma empresa na qual dividia sala com uma pessoa surda. Foram dez anos de convivência que me ensinaram alguma coisa”, recorda ela. Agora, porém, com o certificado de conclusão do curso básico em mãos, ela se sente muito mais preparada. “Tenho certeza que vai me ajudar muito no dia a dia”, acredita. 

 

Em discurso de agradecimento, a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência Jane Mare da Rocha festejou a iniciativa do Setransp em inscrever no curso dez colaboradores. “É muito importante que as empresas e repartições públicas se preocupem em manter nos seus quadros pessoas que conheçam a linguagem dos sinais. É uma exigência da Lei 5.626 que poucos cumprem. Agradeço ao Setransp por se somar à nossa luta para formar multiplicadores da cultura do surdo. Assim poderemos socializá-lo e promover a sua inclusão social de verdade”, declarou ela. 

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