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23 de setembro de 2011
Dando prosseguimento às discussões sobre o Plano Diretor – PD – de Aracaju, na noite de ontem, dia 21, reuniram-se, no auditório da OAB/SE, o superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju – Setransp -; Antônio Samarone, superintendente da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito – SMTT -; Waldson Costa, da ONG Ciclo Urbano, Ricardo Mascarelo, membro do Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB/SE.
A mesa, presidida pelo Vereador Emmanuel Nascimento, também contou com a presença do Major Paiva, diretor de Trânsito da SMTT, dos vereadores Danilo Segundo, Nitinho, Bertulino Menezes, Evando Franca e das vereadoras Miriam Ribeiro e Simone Góis.
Abrindo as explanações da noite, Antônio Samarone destacou a importância de um Plano de Mobilidade como instrumento de orientação urbana. “Temos que construir coletivamente esse projeto que inclui uma série de fatores, tais como a forma de deslocamento de veículos, os níveis de poluição sonora e atmosférica, assim como a definição do sistema viário, ou seja, o espaço público por onde as pessoas circulam a pé ou com veículos”, destacou o superintendente da SMTT.
Para chegar a tais modelos, acrescentou Samarone, é preciso um criterioso estudo com levantamentos de campo sobre volume de tráfego, além de pesquisa de origem e destino. Todas essas análises serão fundamentais para a formulação do Plano de Mobilidade, o qual deve ficar pronto seis meses após a aprovação do Plano Diretor, acredita ele.
“Já tenho autorização do prefeito Edvaldo Nogueira para elaboração e discussão do PlanMob. O próximo prefeito de Aracaju receberá um projeto pensado, estruturalmente, para a mobilidade urbana”, ressaltou Samarone.
Na sequência, José Carlos Amâncio traçou um panorama dos problemas de mobilidade que a Aracaju enfrenta atualmente e as possíveis soluções a curto prazo. “As ruas continuam do mesmo tamanho e o número de pessoas que precisam se locomover também. Mas os meios de transporte se multiplicam, assim como os problemas de trânsito”, afirmou ele.
Tomando como exemplo a linha 200, Circular Indústria e Comércio 02, Amâncio analisou que o trajeto de 23 km deveria ser feito em 90 minutos (ida e volta), porém, no caminho, o veículo encontra 45 semáforos, 37 pontos de parada, 17 lombadas, 4 terminais de integração, 35 quebra-molas e duas linhas de trem. Desse modo, é praticamente impossível o cumprimento do itinerário dentro do tempo previsto, isso sem falar na lentidão no trânsito provocada por congestionamentos.
No quesito soluções, o superintendente do Setransp citou a substituição dos quebra-molas por lombadas eletrônicas, construção de passarelas, sincronização de semáforos, redefinição das paradas de ônibus, proibição de estacionamentos nas vias em horários comerciais, criação de faixas preferenciais para ônibus e de corredores exclusivos, reserva de espaço viário para motos e a integração dos diferentes meios de transporte.
Manifestando-se em seguida, Ricardo Mascarelo afirmou que, analisando o Plano Diretor, percebe uma estrutura confusa, solta. “O Plano Diretor deveria dar uma base para o Plano de Mobilidade. Caso contrário, eles não irão se comunicar entre si. É importante que o PD preveja vias estratégicas para o futuro”, frisou ele.