Projeto do Sest Senat é exemplo internacional
31 de agosto de 2011
Estendido até hoje cadastramento no Bugio e Santa Maria
1 de setembro de 2011
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Entre empresários do setor de transporte de passageiros que participaram do Seminário Nacional NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) 2011, nos dias 25 e 26 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, houve consenso sobre os investimentos públicos no setor em função da Copa 2014.

Seja para Fortaleza, onde o Governo do Estado projeta um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), seja em qualquer cidade-sede, entende-se que transporte público não é um problema. No dizer de um empresário, cidades como Fortaleza, que promovem um réveillon com 1,5 milhão de pessoas, provam que não seriam três partidas de futebol que comprometeriam.

É sabido que boa parte dos torcedores que vão a estádios numa Copa já o fazem com o transfer (transporte fretado) pago antes. Em todo caso, tudo o mais que for feito a título de mobilidade urbana é muito bem-vindo, como o chamado legado da Copa.

 

EM VEZ DE VLT, BRT

Afaste de um empresário de transporte urbano as três letrinhas: V-L-T. Ele dará um vagão de argumentos para provar que o transporte leve sobre trilhos não é uma solução economicamente sustentável. Como proposta, lhes parecem mais adequadas e viáveis outras três letras: BRT (Bus Rapid Transit). O assunto foi tema de palestra ontem no Seminário da NTU. O diretor técnico da entidade, André Dantas, apresentou uma série de razões favoráveis, como munição para o discurso dos empresários do setor.

O sistema emprega ônibus que circulam em corredores de tráfego exclusivos. Curitiba foi a pioneira, ainda na Era Lerner (gestões do prefeito Jaime Lerner). Citando ITDP (Institute for Transportation and Development Policy) 2008 – apontam o BRT como entre 4 e 20 vezes menos do que o VLT. Hoje há projetos do gênero em 12 cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Cascavel (PR), Curitiba, Goiânia, Maringá (PR), Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Uberlândia (MG) e Vitória.

 

FOTOGRAFIA DA LOCOMOÇÃO URBANA

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) encomendou ao Ibope uma série de estudos intitulados Retratos da Sociedade Brasileira. Uma destas fotografias diz respeito a uma área estratégica, porém historicamente tratada sem a atenção que exige: a locomoção urbana. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 cidades. Confira os principais resultados:

– Tempo de locomoção: Para 24% da população a locomoção de sua residência para o trabalho ou escola leva mais de 1 hora por dia. Nos municípios com mais de 100 mil habitantes o percentual sobe para 32%.

– Meios de locomoção: 68% utilizam mais de um tipo de transporte para se locomover da residência ao local de sua atividade rotineira.

– O ônibus é o meio de locomoção mais utilizado: 34% da população o utilizam como seu principal meio de locomoção.

– O segundo lugar é a caminhada. A pé se locomovem 24% da população. Em terceiro o automóvel da família, com 16%.

– O meio que obteve avaliação menos positiva foi o ônibus: 24% dos entrevistados o consideram ruim ou péssimo. Naturalmente, o maior índice se deve em boa medida ao fato de ser o mais utilizado. Quanto maior o universo, maior o peso. A propósito disso, um detalhe revelador: 46% dos brasileiros consideram que o serviço melhorou nos últimos dois anos.

Fonte: O POVO – CE

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