Licitação depende da mobilidade urbana para gerar benefícios, afirma Adierson Monteiro

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O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju – Setransp – destacou como acertada a iniciativa do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), de ter assinado, esta semana, a liberação para a criação do Plano Integrado de Mobilidade Urbana. Segundo Adierson, o projeto, que agregará a licitação do transporte público com o plano de mobilidade, tem sido defendido há mais de três anos pelo Setransp, inclusive adicionando-o a revisão do Plano Diretor de Aracaju, como necessidade para se evitar um caos futuro no trânsito da capital.

“O número de veículos em Aracaju tem crescido e a cidade não tem um planejamento específico para o trânsito. Não há vias prioritárias para o transporte público, que atende a maior parte da população, nem existem avenidas com uma estrutura capaz de abrigar ônibus e carros sem que haja tantos congestionamentos. É como se caminhássemos para o caos. E além de tudo isso, o transporte na capital precisa ser integrado com São Cristovão, Socorro e Barra dos Coqueiros, que fazem a Grande Aracaju. Então, se o propósito do prefeito com esse plano é dar providências a tudo isso, que perdura há anos, nós o parabenizamos”, respaldou Adierson.    

O presidente do Setransp afirmou ainda que sem o plano de mobilidade a licitação do transporte público não traria benefício algum para a população. “Na prática, licitação é apenas cumprir um dever legal. O contrato de licitação não vai alterar, por exemplo, a carga tributária cobrada das empresas de ônibus, que respinga na tarifa, e também não cria vias exclusivas para os ônibus, melhorando a fluidez do serviço. A licitação não é a salvadora da pátria como muitos colocam. Todo serviço que é regulado pelo poder público tem que ser licitado. A licitação é um papel assinado do poder concedente entre a prefeitura e o empresário. No Brasil, o único instrumento legal que garante ao investidor o retorno do investimento é a concessão pública. Então achar que a licitação é uma faca no pescoço do empresariado é ser mal informado. O importante é pensar que, independente de licitação, o serviço do transporte público, que é essencial como a saúde e a educação, precisa da estrutura do plano de mobilidade para funcionar bem”, considerou ele.

Adierson Monteiro, entretanto, enfatizou que o projeto que o prefeito Edvaldo Nogueira anunciou e pretende apresentar em março de 2012, será “uma evolução” para o trânsito da capital. “O Estatuto das Cidades, do Governo Federal, exige que as cidades com mais de 500 mil pessoas tenha um plano de mobilidade. Então se o prefeito fará a licitação junto com o plano de mobilidade, serão dois passos decisivos para Aracaju provar no trânsito da verdadeira qualidade de vida, tão falada”, comentou ele, lembrando que, em defesa da mobilidade urbana, o Setransp destacou esse tema para a concorrência do Prêmio de Jornalismo deste ano que o sindicato está realizando.

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