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O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju ? SETRANSP ? marcou presença no workshop sobre a gestão do vale-transporte eletrônico, promovido pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos ? NTU.

O evento foi realizado em Brasília, no dia 23 de outubro, com o objetivo de mensurar os impactos no benefício social a partir da inovação tecnológica da bilhetagem eletrônica e traçar ações estratégicas para o fortalecimento do VT neste novo cenário.

O workshop contou com a presença de gestores de 14 estados brasileiros, cada qual com uma experiência distinta, o que contribuiu para a riqueza e diversidade das propostas. De Aracaju, participaram José Carlos Amâncio, superintendente do SETRANSP, e Alessandra Franco, coordenadora de Comunicação do SETRANSP.

Ambos tiveram a oportunidade de traçar um panorama da bem sucedida inserção do cartão Mais Aracaju na capital sergipana. ?Os gestores dos demais estados ficaram admirados com a rapidez com que a bilhetagem eletrônica foi implantada na capital sergipana. As estratégias comerciais, de marketing e de comunicação adotadas pelo SETRANSP para promover os cartões Mais Aracaju foram bastante elogiadas?, comenta Alessandra.

Da discussão, será produzido um relatório cuja finalidade será disseminar as melhores práticas, além de avaliar propostas para aperfeiçoar a lei que regulamenta o benefício. O documento será inserido na publicação ?Pesquisa do vale-transporte 2008? e deve ser distribuído às empresas associadas e filiadas até o fim do ano.

 

DIFERENTES REALIDADES

Entre as capitais que participaram do evento, o número de vales-transportes vendidos diminuiu com o advento da bilhetagem eletrônica. Tal tendência não foi identificada em Aracaju. ?Verificamos um aumento no montante de venda de créditos eletrônicos em relação ao dos vales em papel. Provavelmente, devido ao fato das empresas que antes compravam vales no comércio clandestino terem passado a comprar da forma correta?, explanou Amâncio, durante o evento.

Outra realidade com a qual as cidades brasileiras convivem ainda é a presença dos cambistas que já encontraram formas de comercializar indevidamente os cartões eletrônicos. No entanto, as fraudes realizadas pelos cobradores diminuíram significativamente com o sistema.

Em 44% das cidades brasileiras os créditos têm validade determinada, o que não ocorre com o Mais Aracaju, cuja recarga não tem prazo para ser utilizada. Em Curitiba, por exemplo, os créditos que não forem recarregados em 60 dias ficam indisponíveis para o cartão de origem e as empresas podem utilizá-los para carregar o cartão de outro colaborador.

Já os créditos carregados devem ser utilizados em seis meses. Após o período, o usuário tem mais seis meses para revalidá-lo. No 13º mês, os créditos voltam para o órgão gestor e podem ser utilizados para suavizar o peso do reajuste de tarifa.

Durante o workshop foram debatidas formas de ampliação dos serviços agregados ao cartão eletrônico. No Rio de Janeiro, por exemplo, há um estudo para incluir no cartão os créditos do vale-alimentação, seguro contra roubo e até cartão de crédito. Essas e outras novidades estão em estudo e tem grandes chances de se tornarem realidade em pouco tempo em várias outras cidades do país, inclusive em Aracaju.

 

ADAPTAÇÕES

Após um dia inteiro de discussões, ficou claro que cada cidade criou suas próprias formas de gerir a bilhetagem eletrônica. ?Não há uma unidade de procedimentos. A depender da realidade de cada capital, os gestores promoveram suas próprias adaptações. Tais particularidades tornaram a participação no evento muito interessante. É curioso perceber que, no contexto nacional, Aracaju está em posição de destaque, com números altamente animadores e regras bastante favoráveis aos usuários?, constata a coordenadora de Comunicação do SETRANSP.

Exemplo disso é a recarga a bordo que na capital sergipana é gratuita para todos os usuários do Mais Aracaju Vale-Transporte e, posteriormente, do Cidadania. Em Belo Horizonte, a recarga a bordo custa à empresa o referente a 1% do valor das recargas mensais.

Caso as empresas não se disponham a pagar a tarifa, os usuários precisam se deslocar aos postos de venda para adquirir seus créditos eletrônicos. É freqüente, portanto, a existência de filas nos locais, o que causa transtornos para os usuários.

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