Charge da Semana
22 de janeiro de 2021Setransp afirma que Cittamobi pode ajudar passageiros a evitarem deslocamento em horários de pico
1 de fevereiro de 2021Como debatido ao longo do ano de 2020, as medidas de isolamento decorrentes da pandemia do Coronavírus no país, causaram impactos econômicos devastadores em diversos setores da economia, a exemplo do sistema público de transporte. No Estado de Sergipe, Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros são as quatro cidades que fazem parte do sistema integrado de transporte público coletivo local.
Atualmente, com oito terminais para interligação das linhas entre as cidades e mais de 500 veículos na frota, o serviço não para de perder demanda de passageiros e segue com um cenário preocupante mesmo com a expectativa da retomada econômica após a quarentena da pandemia.
Em âmbito local, o sistema de transporte público coletivo de Aracaju chegou a sofrer uma dura redução de, aproximadamente, 72% dos usuários no ápice da pandemia em 2020, uma perda de receita do sistema de quase R$ 100 milhões. Um impacto de impossível absorção para o transporte coletivo da grande Aracaju. Afinal, mesmo com a danosa redução no número de passageiros, os custos das empresas permaneceram, tendo apenas a tarifa como forma de custeio.
E agora em janeiro, a queda de usuários ainda continua acentuada. Nos dez primeiros dias de 2021, a redução do número de passageiros foi de 43,8% comparando com o mesmo período de 2020, sendo a média diária de utilizações inferior a 100 mil/ dia, enquanto que em 2020 era de quase 200 mil/dia.
Mesmo com todas as dificuldades que o transporte público coletivo segue enfrentando, desde o começo da pandemia da Covid-19, o sistema tem mantido as ações de combate ao Coronavírus, tem transportado passageiros em demanda muito inferior à capacitação de operação, ofertando um número de veículos nas ruas bastante superior à demanda e ainda movendo esforços para manter os postos de trabalho.
Apesar do quadro de desemprego ser gritante na conjuntura atual nacional, a maioria dos postos de trabalho têm sido preservados, com a transferência de parcela da equipe para desenvolver ações de prevenção nos terminais, ampliar o número de motoristas e expandir a rede de vendas da bilhetagem eletrônica, evitando a contaminação através do uso de dinheiro no pagamento de tarifa.
O setor de transporte segue lutando para continuar prestando serviço à população. Entretanto, é notório que as operadoras estão no limite de suas ações. Os prejuízos calculados são milionários para o transporte e é necessário ações urgentes para restabelecer as condições básicas de equilíbrio do sistema, com injeção receita extra tarifária, cobertura financeira das gratuidades, redução dos tributos incidentes sobre insumos do transporte coletivo, entre outras.