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O sistema de transporte de ônibus de Aracaju e região metropolitana está em risco de quebrar diante do caos econômico em que se encontra. A queda no número de passageiros pagantes em 20,11%, o aumento dos custos com a operação do serviço em 45% e falta de compensação com reajuste tarifário nos últimos dois anos, resultou no desequilíbrio financeiro com desafio diário para a circulação regular do transporte.

 

 

Entre 2012 e 2017, foram 34,32% de acréscimo no valor do combustível e 44,05% na folha de pagamento dos rodoviários. Apesar disso, o número de linhas de ônibus cresceu no mesmo período 16,505%. O presidente do

Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), Alberto Almeida, afirma que é complicado administrar uma boa frota, oferecer transporte de qualidade, quando a receita é gerada através da passagem de ônibus não cobrem os custos do sistema. 

 

No ano passado foi enviado o estudo tarifário com à planilha de custos anual à Prefeitura de Aracaju, com a realidade gritante pontuada, mas até o momento não houve pronunciamento com solução. “Reforçamos nossa solicitação e pedimos uma reavaliação dos cálculos tarifários com base na lei estabelecida pela Câmara, que determina como fazer a planilha”, esclareceu Alberto Almeida, observando ainda que o valor da passagem corresponde ao custo do sistema divido pelo número de passageiros que pagam efetivamente pagam a tarifa.

 

O presidente do Setransp alerta que em Aracaju não há subsídio para o transporte público, como em outras capitais do Nordeste, então toda a manutenção de custos é feita através do pagamento da passagem pelos usuários. “Em dois anos a gratuidade aumentou em 35,42%. Quando os anos passam sem reajuste, a situação se complica ainda mais. A dívida dentro do sistema fica maior. Afeta a qualidade do serviço e a frota passa a ser velha, desgastada”, adverte o empresário.

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