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Sem aumento há mais de cinco anos, as empresas que fazem o transporte urbano no DF podem entrar em colapso se não houver reequilíbrio da tarifa. A avaliação é do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do DF. Planilhas e estudos feitos pela entidade não deixam dúvida sobre o reajuste reivindicado, devido aos constantes aumentos do diesel, reajuste salarial da força de trabalho e manutenção dos veículos.
Para se ter uma ideia, desde 2006 a mão de obra do setor (aumentos salariais e concessão de benefícios) teve um incremento de 46%. O gasto com funcionários é um dos maiores na planilha das empresas para a manutenção do transporte: representa 50%.
O empresariado não pretende, no entanto, atribuir o aumento no valor da tarifa à folha de pagamento. O que não seria justo, na avaliação do sindicato, é a visão de que as empresas não precisam de revisão de sua tabela de custo.
Um comparativo feito pela entidade sindical revela que a maioria das grandes capitais brasileiras teve, de 2006 para cá, índices de aumento na passagem que ultrapassam 60%, como é o caso da vizinha Goiânia e Salvador, ambas com 66,66%.
Em São Paulo, onde a tarifa é de R$ 3,00, o aumento dos últimos cinco anos chega a 50%. No DF existem variações de tarifa, que vão de R$ 1,50 a R$ 3,00, sendo que o preço médio da passagem fica em R$ 2,20.
Tarifas semelhantes, receitas diferentes
Apesar da maior tarifa em Brasília ser semelhante à da capital paulista, a matemática que deve ser feita é outra, explica a direção do sindicato. O transporte em São Paulo, por exemplo, tem um número maior de passageiros por quilômetro, gerando assim mais receita para as empresas, e isso permite que eles tenham condições de manter esse valor, avalia a entidade.