Reajuste tarifário ajuda combater crise do transporte, mas é preciso outras políticas

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Diante de uma série de dificuldades no setor de Transporte, com drástica queda do número de passageiros na pandemia e alta no custo do combustível, foi apresentada em dezembro do ano passado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) a planilha de custo anual do sistema de transporte público da Grande Aracaju para avaliação da Prefeitura através da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). A planilha apontava uma tarifa técnica superior a tarifa reajustada para R$ 4,50 (12,6% de acréscimo) nesta sexta-feira, 13, pelo órgão gestor, todavia, esta medida ajuda o setor a atravessar esse momento de crise, mas não dispensa outras políticas essenciais.

A tarifa do transporte já apresentava defasagem no ano do seu último reajuste, em 2018, e certamente agora não supre as necessidades para manutenção do serviço. Mas essa e outras medidas como o aporte parcelado anunciado recentemente pela Prefeitura colaboram com a sobrevivência do setor, que é essencial para o deslocamento de 70% da população todos os dias. A nova tarifa passa a valer neste domingo, dia 15 de maio.

Alta dos custos do sistema

Dentre as justificativas para o reajuste, é importante reforçar o que foi destacado pela Gestão Municipal sobre o aumento do combustível, que só este ano, subiu 47%, e nos últimos 12 meses foi elevado em mais de 80%. Combustível e mão-de-obra representam quase 70% dos custos da operação do serviço de transporte, dessa forma, é grande o impacto dos reajustes de combustível e salário dos rodoviários ocorridos.

Há alguns anos o setor se encontra em situação incontestável, enfrentando dificuldades até para manutenção dos seus veículos de operação e renovação da sua frota. Contudo, após as medidas anunciadas, o setor vem buscando alternativas para chegada de novos 30 ônibus até final de junho.

Entretanto, vale ressaltar que outras ações precisam acompanhar as recém anunciadas para garantir equilíbrio econômico do setor, que ainda lida com débitos acumulados com fornecedores durante os últimos dois anos de pandemia. A capital sergipana e sua região metropolitana precisam contar com projetos semelhantes às demais capitais, como: subsídios para as gratuidades (pois nenhuma delas apresenta fonte de custeio); aportes extra tarifários; desoneração tributária a exemplo da redução ou isenção do ICMS do diesel, que representa 18% do preço do combustível; entre outras.

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