Desequilíbrio entre custos e passageiros marca o transporte público

Prazo prorrogrado – Prêmio Setransp de Jornalismo
13 de dezembro de 2016
Transporte coletivo iniciará recadastramento e cadastramento das pessoas com deficiência
21 de fevereiro de 2017
Prazo prorrogrado – Prêmio Setransp de Jornalismo
13 de dezembro de 2016
Transporte coletivo iniciará recadastramento e cadastramento das pessoas com deficiência
21 de fevereiro de 2017
A inflação e o aumento da crise atingiram todos os setores da economia e, com isso, de acordo com a Associação Nacional de Transporte Urbanos (NTU), o setor de transporte coletivo tem perdido passageiros ao longo dos anos. E quando se olha para as principais despesas que envolvem a prestação do serviço, o combustível e a mão-de-obra apresentam aumentos significativos. Para ser garantido o transporte público a sociedade que o tem como indispensável no acesso aos demais serviços essenciais, o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, destacou a necessidade de se manter o equilíbrio econômico do setor do transporte. “Ao longo dos anos o setor perdeu 42% da produtividade, o Índice de Passageiro por Quilômetro (IPK) que era 2,59 em 1995, hoje está em 1,50, e isso afeta diretamente no preço da tarifa; além do custo das gratuidades que estão em torno de 17%”, comentou ele. 
 
Na Grande Aracaju, nos últimos cinco anos, o custo para operação no serviço do transporte público teve 53,08% de aumento no preço do combustível e 53,84% de acréscimo salarial aos trabalhadores rodoviários. Nesse mesmo período, a tarifa de ônibus marcou uma correção de 37,78%, sendo que na época do último reajuste – em dezembro de 2015 – esse percentual já não se equiparava com a necessidade de revisão da tarifa, conforme os aumentos dos custos do serviço do transporte para alinhar o setor. E, hoje, pareando tarifa e despesas, o setor aponta uma defasagem de 15%. 
 
Para agravar ainda mais o desequilíbrio do sistema de transporte coletivo, acompanhando a realidade do país com o fechamento dos postos de trabalho – menos trabalhadores fazendo uso dos ônibus – e dificuldades para incluir o transporte público na linha de prioridades para ações de mobilidade urbana, o transporte por ônibus da capital sergipana continuou marcando uma grande queda no número de passageiros pagantes, chegando a cair em mais de 14% entre 2014 e 2016. 
 
“Por isso, os reajustes estão previstos em contratos de todo o país e devem ocorrer todo ano para a manutenção e equilíbrio do sistema”, frisou Otávio Cunha. Todos esses dados estatísticos demonstram um desequilíbrio econômico no setor que serve à mobilidade da população nas cidades da Grande Aracaju através do transporte coletivo.

Comments are closed.

Pular para o conteúdo