De ônibus ou de carro, vias com BRS andam bem
15 de março de 2012Em 1 mês, entra em vigor lei que institui da Política Nacional de Mobilidade
16 de março de 2012
* José Mauro Marquez, consultor em Mobilidade Urbana da Fundatec
Observa-se, no Brasil, um processo de modernização do transporte público urbano para atender às necessidades da população. O setor empresarial, os órgãos gestores e a sociedade têm buscado parcerias que permitam a melhoria dos serviços. No entanto, a baixa qualidade do Transporte Público oferecido nas cidades do País promoveu uma migração sólida para o transporte privado, resultado de um conjunto de fatores que fogem à competência dos operadores e gestores, somados a outros, tais como crescimento econômico e incentivo financeiro para a aquisição de veículos individuais.
A necessidade de mudança se impõe. O Bus Rapid Transit (BRT) tem potencial para revolucionar a situação atual, sendo a opção mais recomendada para sistemas de transporte de média capacidade. Tais sistemas tornaram-se referências internacionais por apresentarem alto desempenho, qualidade e baixo custo. Portanto, cidades como Curitiba, Bogotá e Cáli utilizam o conceito do BRT nas políticas de desenvolvimento urbano. O BRT preconiza: velocidade operacional, veículos de maior capacidade, vias segregadas, cobrança externa, meios eletrônicos de pagamento, embarque em nível, entre outros, podendo ser implantado de forma gradual, até atingir sua plenitude.
O setor de transportes enfrenta o desafio de explorar as funcionalidades do Intelligent Transport Systems (ITS) na implantação de sistemas BRT. Se por um lado devem ser incorporados os avanços tecnológicos que viabilizam a sustentabilidade do setor, por outro, as decisões devem ser pautadas dentro de limites como a capacidade de pagamento do usuário e a devida remuneração aos operadores, bem como a responsabilidade do Poder Público no uso de recursos do erário. Assim, a implantação de ITS deve ser fundamentada em projetos que avaliem as necessidades específicas e os custos da utilização de cada funcionalidade, considerando ainda os benefícios intangíveis.