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Apresentar e relacionar as características do sistema de ônibus de trânsito rápido (BRT, na sigla em inglês) em 12 cidades brasileiras são os objetivos da publicação Estudos de BRT no Brasil, desenvolvido pelaAssociação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
A NTU defende no texto de introdução do estudo que a opção pelo BRT justifica-se por se tratar de uma alternativa de transporte de massa adequada a todo porte de cidade, destacando-se pelo baixo custo e menor tempo de implantação em relação a outros modais.
“Trata-se de um sistema em que os ônibus circulam em uma rede de canaletas exclusivas com atributos especiais, como múltiplas posições de paradas nas estações, possibilidade de ultrapassagem, embarque em nível, acessibilidade universal, veículo articulado, pagamento e controle fora do ônibus, bons espaços nas estações e sistema de informações aos usuários, destaca Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da diretoria executiva da NTU.
Seus benefícios se refletem na fluidez e agilidade do deslocamento e, por consequência, na qualidade de vida do usuário, que passa a contar com um modal mais confortável, eficiente e seguro também do ponto de vista ambiental, acrescenta Filho.
Segundo o estudo, os projetos de BRT no Brasil estão em estágios diferentes de desenvolvimento. Em alguns casos, alcançou-se uma etapa avançada em termos da concepção, da implantação e das perspectivas futuras dos sistemas. Por exemplo, algumas cidades os conceberam como parte de estratégias de desenvolvimento urbano em longo prazo, que vão muito além daquelas diretrizes impostas por planos diretores. Dessa forma, são utilizados não só para atender as demandas existentes, mas também direcionar o crescimento urbano em áreas de interesse.
Por outro lado, outras cidades demonstraram certa incipiência no processo de adoção do conceito BRT, de acordo com o levantamento. Vários são os casos em que as iniciativas se resumem à criação de corredores B à operação de veículos de alta capacidade. É claro que benefícios significativos serão obtidos com essas iniciativas, mas existe aconstatação de que muito mais poderia ser alcançado. Em particular, seria recomendável que esforços fossem realizados para viabilizar sistemas completamente integrados e criar corredores em áreas com demanda de passageiros já consolidada em diversos serviços fragmentados, sugere o trabalho.
As cidades cujos projetos foram analisados são: Belo Horizonte, Uberlândia (MG), Brasília, Campo Grande, Cascavel (PR), Curitiba, Maringá (PR), Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Goiânia e Vitória.
Fonte:www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2012/fevereiro/estudo-destaca-caracteristicas-do-brt-em-12