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2 de fevereiro de 2012“Se a desoneração do custo do transporte público não tivesse sido vetada pela Presidência da República, a tarifa de ônibus ao invés de ser reajustada sofreria uma redução significativa”, é o que afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Aracaju (Setransp), Adierson Monteiro. De acordo com ele, sem essa desoneração a Lei Nacional de Mobilidade Urbana, aprovada recentemente, “não tem um efeito em curto prazo e fica ineficaz” no que tange a redução da tarifa de ônibus. Questionado sobre a proposta de reajuste tarifário para este ano, Adierson afirmou que “os estudos preliminares indicam uma tarifa um pouco acima de R$ 2,50”.
“A Lei de Mobilidade levou 15 anos para ser aprovada, mas o governo não quis abrir mão da receita com os impostos da tarifa de ônibus. Então a passagem continua a carregar a quantidade abusiva de tributos e, por tabela, segue com os estudos para o reajuste anual”, disse ele.
Segundo Adierson Monteiro, “o transporte é o único serviço público que transfere recursos para o Estado. A saúde e educação, por exemplo, recebem dinheiro do Estado, mas o transporte, em nosso país, é quem destina recursos para o Governo. É como se os demais recursos fossem beneficiados com o ônus de um só serviço”, criticou ele, lembrando que o que ficou em prioridade para o Governo foi a desoneração do custo do tablet (aparelho eletrônico) que ocorreu em 2011. “Parece que para o Governo mais importante que diminuir o custo da passagem para a maioria da população, que usa o ônibus, é reduzir o preço dos tablet, contestou.
Adierson frisou ainda que no custo da passagem está incluído o percentual que é repassado à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) para a manutenção e fiscalização do serviço do transporte público, como o cuidado com os abrigos de ônibus, terminais, entre outras coisas. “Naquilo que é de responsabilidade do empresário de renovar frota, mesmo numa cidade que ainda não tem estrutura para circulação devida dos ônibus, e cumprir com os impostos e repasses para a SMTT, isso tem sido feito”, enfatizou Adierson Monteiro.
Em Aracaju, os cálculos para o reajuste da tarifa devem ser apresentados na próxima semana à SMTT. E o empresário Adierson Monteiro afirma que nesses cálculos estão inclusos as despesas com a renovação da frota, além do acordo com os trabalhadores rodoviários, que também reivindicam reajuste salarial. “Só em 2011 foram adquiridos mais 52 novos ônibus, além do investimento em monitoramento por GPS e outras coisas, então tudo isso gera custo. Esperamos que não se use da demagogia, jogando para o colo do empresariado a responsabilidade das despesas, sem diminuir os impostos que incidem sobre a tarifa e ainda criticando o reajuste necessário para ela”, ressaltou ele.