Discussão do Plano Diretor tem participação de superintendente do Setransp
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A situação do trânsito da capital sergipana tem preocupado o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju – Setransp -, que acumula ainda complicações para efetuar seus serviços por conta da falta de mobilidade urbana. Por esta causa, em uma das audiências públicas para o debate sobre o Plano Diretor, que aconteceu na noite da segunda-feira, dia 21, o superintendente do Setransp José Carlos Amâncio apresentou algumas soluções para se resolver o problema em curto prazo.
“É preciso aproveitar que está se discutindo a revisão do plano estruturante da cidade para se definir nortes que viabilizem a mobilidade no trânsito. O Plano Diretor é a verdadeira oportunidade de se sanar o caos no trânsito, porque nele podem ser traçadas diretrizes que não só surtam um efeito de solução agora, como também já previne situações piores no futuro”, explanou Amâncio, durante a audiência que, desta vez, enfatizava a questão do trânsito na capital.
De acordo com ele, para estabelecer melhorias no trânsito deve-se pensar primeiro em transporte coletivo, que é utilizado pela maior parte da população. Em Aracaju, existem cerca de 134 mil carros, que transportam em média 160 mil pessoas; 48 mil motos para 58 mil pessoas; e há 577 ônibus para transportar 300 mil passageiros. Entretanto, ainda segundo Amâncio, esse transporte coletivo trafega com uma velocidade média de apenas 14km/ hora, por conta dos congestionamentos e mecanismos de paradas obrigatórias. “É por isso que muitas vezes as pessoas reclamam dos atrasos dos ônibus, e, infelizmente, as empresas de ônibus, que já investem em renovação de frota, serviço de GPS e sistematização, já não podem fazer mais nada”, lamentou ele.
O superintendente disse para os vereadores da Câmara Municipal de Aracaju e outros representantes de entidades, presentes na audiência, que uma das mais práticas propostas é a criação de faixas preferenciais nas vias já existentes. A ideia é pintar as vias no espaço destacado para os ônibus e determinar a proibição de carros nesse local, pelo menos, nos horários de pico, priorizando os veículos de grande massa.
Além disso, Amâncio propôs a sincronização dos semáforos, também dando prioridade aos ônibus; a substituição dos quebra-molas por lombadas eletrônicas; a proibição de estacionamentos em locais de grande movimento, como o Centro comercial, principalmente em horários de pico; bem como a proibição de descarregamento de caminhões no Centro nestes horários; e ainda a demarcação de espaço viário para as motos e a criação de mais passarelas. “Não queremos que seja feito aquilo que é impossível. Mas medidas como essa podem ser feitas de forma imediata, sem grandes custos, e vão proporcionar uma melhoria no transporte coletivo e, assim, um alívio para o trânsito”, frisou Amâncio.
As propostas do Setransp foram destaque no debate e, segundo os vereadores, deverão ser transformadas em emendas para entrarem no projeto de revisão do Plano Diretor de Aracaju que será votado em breve. “A Prefeitura apresentou recentemente um projeto para mobilidade urbana, mas as ideias expostas nessa audiência, sem dúvida, somam muito, porque o objetivo é fazer delas uma lei incluindo no Plano Diretor. Então vamos analisá-las, e tentar aprová-las como emendas”, prometeu o vereador e líder da bancada do prefeito, Danilo Segundo (PSB).