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O Projeto de Lei que dispõe sobre a revisão do Plano Diretor de Aracaju está em discussão na Câmara Municipal e prestes a concluir sua votação. No entanto, a proposta não traz pontos referentes à mobilidade urbana. Provocado quanto a isso, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), Adierson Monteiro, disse que aprovar o Plano Diretor sem falar em mobilidade é desprezar o serviço do transporte público.
A Câmara não pode se omitir de legislar sobre a mobilidade urbana. Estamos vivendo dias de caos no trânsito e isso só tende a piorar se não tiver um planejamento e a execução de projetos voltados para o transporte, frisou Adierson.
De acordo com ele, o transporte público é um serviço importante como a Educação, a Saúde e outros. Mas sempre é colocado de lado. O Plano Diretor é como uma diretriz para a cidade. Como pode se pensar em planejamento para uma capital sem pensar no serviço do transporte público?, questionou Adierson Monteiro.
Ele alega ainda que um dos pontos que contribuem para a precariedade do serviço do transporte público é a falta de estrutura para os ônibus circularem na capital. Não há um ordenamento para a prioridade dos ônibus nas vias, ou sequer um planejamento para desenvolver, em longo prazo, uma mudança estruturante no trânsito.
Temos a consciência da parte que cabem às empresas de ônibus, e a temos feito. Mas do que adianta fazer nossa parte disponibilizando mais veículos, se os ônibus mal conseguem trafegar? Assim como temos muitos ônibus que circulam vazios, por conta da quantidade extra de veículos, temos muitos usuários reclamando que os ônibus atrasam, justificou ele, referindo-se aos congestionamentos no trânsito que atrasam as viagens das linhas.
À imprensa, o presidente da CMA, o vereador Emmanuel Nascimento (PT), disse, anteriormente, que viabilizaria um projeto aparte ao Plano Diretor, voltado exclusivamente para o transporte. E o presidente do Setransp afirma que chegou a colocar à disposição da Câmara os contatos de especialistas em mobilidade urbana, que atuam em outros estados, para somarem nas discussões aqui. Mas, até o momento, não houve sessão promovendo esse debate na Casa Legislativa.