Qualidade no transporte exige estruturação de vias
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21 de agosto de 2009
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju – SETRANSP – segue na sua jornada de visita aos municípios que fazem parte do sistema de transporte integrado da capital sergipana.
Na noite de ontem, dia 18 de agosto, o empresário esteve na cidade de São Cristóvão, onde era aguardado pelos vereadores da Câmara Municipal.
Durante a visita, Adierson teve a oportunidade de traçar um panorama do sistema em Aracaju e na Grande Aracaju apresentando dados estatísticos que deram aos parlamentares a possibilidade de conhecer mais a fundo as dificuldades pelas quais passa o setor e das possíveis soluções para a melhoria do serviço.
“Nossa missão é contribuir para a qualidade de vida da população. No entanto, há anos, a tarifa praticada não corresponde à definida tecnicamente pela planilha tarifária. Considerando que temos um sistema 100% integrado sem qualquer subsídio governamental, a situação fica ainda pior”, destaca Adierson.
Para dar uma idéia da dimensão do problema, atualmente, o setor acumula uma receita não auferida de quase R$ 83 milhões, o que daria para adquirir 331 veículos. Mesmo assim, afirma Adierson, “o setor está fazendo um esforço para cumprir o compromisso assumido de comprar 100 novos ônibus que devem ser entregues até outubro deste ano”.
A renovação da frota por si só, no entanto, não será capaz de garantir a qualidade do transporte público. “Para dar velocidade ao sistema é preciso haver um projeto de transporte para a cidade. A fluidez do trânsito e a estruturação da infra-estrutura viária exigem planejamento e ações públicas efetivas. A priorização do transporte público em detrimento do individual também se faz necessário no Plano Diretor de Aracaju”, explica o presidente do SETRANSP.
Atento às argumentações de Adierson Monteiro, o vereador Carlos Umbaubá considerou de grande valia o debate. “Foi bastante útil para desmistificar os estigmas e contribuir de uma forma participativa para melhoria do serviço. Vemos subsídio para tudo no país, com boa vontade política o Governo Federal poderia sim contribuir de forma mais efetiva para a qualidade do transporte público. O que falta para que as propostas de desoneração dos custos do setor propostos pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano – NTU – sejam aprovadas?”, indaga ele.
As propostas sobre as quais Umbaubá se referiu envolvem a redução de 50% no preço do óleo diesel; da alíquota do ICMS sobre os veículos e das de PIS e COFINS incidentes sobre o serviço; do ISS e das taxas municipais para até 5% sobre o faturamento; alteração do cálculo do INSS patronal e do SAT.
Também está entre as propostas da NTU a destinação de recursos do orçamento da União, por conta da seguridade social, para cobertura da gratuidade dos idosos; e a uilização dos recursos do FNDE para custeio dos descontos tarifários concedidos por meio dos passes escolares. Tudo isso junto representaria uma redução total nos custos do setor superior a 40%.