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19 de março de 2008 O reajuste de apenas R$ 0,10 no valor das passagens dos ônibus que circulam no município de Aracaju está provocando uma série de transtornos. Além de inviabilizar investimentos na frota e a conseqüente melhoria do serviço, o percentual irrisório de 6% concedido pela Prefeitura de Aracaju à tarifa colocou os empresários do setor de transportes urbanos e os trabalhadores do sistema diante de um impasse que, possivelmente, irá resvalar sobre os usuários. Com sérios problemas na receita, as empresas alegam não ter qualquer condição de negociar o reajuste salarial da categoria, cuja data-base vence este mês. Inconformados e pedindo 15% de aumento, os rodoviários ameaçam entrar em greve a partir da 0h do dia 24 deste mês.
O ato é uma forma de chamar a atenção da Superintendência de Transportes e Trânsito – SMTT – para a necessidade de um reajuste condizente com as taxas de gerenciamento do sistema de transporte público, explica João Batista dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Para evitar maiores prejuízos para todos os envolvidos, principalmente para a população aracajuana, o procurador Manoel Adroaldo Bispo intermediou, na tarde de quarta-feira, dia 12, uma audiência, no Ministério Público do Trabalho, envolvendo representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju – SETRANSP -, do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Sergipe – Transpase -, do Sinttra e da SMTT. Todos os órgãos se fizeram presentes a fim de encontrar uma solução para o problema, exceto a SMTT.
Após 40 minutos de espera e vários telefonemas, sem sucesso, da advogada do SETRANSP, Célia Andrade, para o gabinete do superintendente da SMTT, Antônio Samarone, o procurador resolveu encerrar a audiência deixando-se à disposição até o dia 20 deste mês para mediar a negociação. Antes de deixar o prédio do Ministério Público, porém, a advogada recebeu o telefonema de Samarone, que manifestou total desinteresse em participar da discussão. Em conversa posterior com Adroaldo Bispo, no entanto, o superintendente voltou atrás e marcou uma reunião para às 9h do dia 13, na sede da SMTT. Durante o contato, o superintendente da SMTT apenas ratificou o que havia dito no dia anterior. ?Nada ficou resolvido. Samarone disse que não vai se envolver nessa questão?, informou Álvaro de Melo, superintendente da Transpase, após o encontro.
Na opinião de Álvaro, a Prefeitura precisa considerar o fato de que 62% dos insumos que formam a planilha de custos do transporte, no qual se incluem, por exemplo, o óleo diesel e os tributos incidentes sobre o serviço, não são controlados pelas empresas. ?Não temos nenhuma condição de oferecer reajuste algum aos trabalhadores do sistema?, afirma ele. Uma solução paliativa para o problema, na visão dos empresários, seria a redução de 2,5% do ISS – Imposto sobre Serviços – e de 2,5% na TGO ? Taxa de Gerenciamento do Sistema. ?No total, seriam 5% a menos de tributos que poderíamos repassar para o salário dos rodoviários?, justifica Álvaro.