Nota sobre paralisação – 12h20
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11 de dezembro de 2017Sem transporte público, a população viveu momentos de grande dificuldade nesta terça-feira, 5, quando as garagens das empresas de ônibus tiveram suas saídas bloqueadas desde à madrugada e por toda manhã, por manifestantes das centrais sindicais. O acesso, principalmente das pessoas mais humildes, às unidades de saúde foi prejudicado e para quem precisava chegar às urgências médicas, o problema foi ainda maior.
Em um dos postos de saúde da capital os reclames eram unânimes sobre o caos para se deslocarem até o local. Servidores enfrentando grandes atrasos e despesas extras para chegarem ao trabalho, e diversas pessoas ausentes ou fora do horário para a realização de tratamentos ou de exames aguardados há muitos meses.
“Estamos sem marcar exames, com dificuldades no atendimento e a cidade em geral está prejudicada. O comércio e todas as empresas. Eu sou do grupo de idosos daqui. Há muitas pessoas que pegam ônibus para vir aqui e não houve como vim fazer o tratamento. O pessoal da limpeza também não veio porque não teve transporte. É uma série de prejuízos. Graves consequências”, disse a senhora Eunice Rocha, eu estava entre os que conseguiram chegar ao Posto Sinhazinha.
“Quem sofre é o povo”
Nenhum ônibus transitou pela cidade e para muitos dos mais de 230 mil passageiros diários do transporte a manhã foi de apenas transtorno. A despachante Ednalva Oliveira criticou o movimento grevista. “É muito egoísmo, um movimento que só atinge o mais fraco. As elites não se prejudicam porque não dependem do transporte público para vir aqui, no posto por exemplo. O movimento se torna sem direção”, desabafou ela.
O presidente do Conselho Comunitário do Posto Sinhazinha, Elinário Nascimento, relatou a dificuldade de dar assistência à população em um dia com a mobilidade urbana prejudicada. “Infelizmente, a demanda não é atendida direito. Essa grave só visa um fato isolado. A greve não informou às pessoas de forma correta e os aspectos relacionados à saúde pública fica prejudicado em Aracaju. Quem sofre é o povo”, observou ele.
Indagados a respeito, os usuários dos serviços públicos responderam insatisfeitos e, muitas vezes, deixando claro a revolta: “é um absurdo, esse bando de gente inconsciente, que deseja atrapalhar o atendimento da saúde pública. Exame aguardado há um mês, perdido! Vão trabalhar, porque quem precisa hoje está indo para seus afazeres a pé e não tumultuando a cidade”, disparou a usuária, Renata Ferreira.