Mortes de crianças em acidentes de trânsito diminuem 23% após a Lei da Cadeirinha

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Nesta semana, foi divulgada uma pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que atesta a segurança proporcionada pelas das cadeirinhas infantis. Segundo o estudo, o número de mortes de crianças com até 10 anos em acidentes diminuiu 23% após a obrigatoriedade da utilização do equipamento. Os resultados foram obtidos por meio da análise de dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS), nos anos de 2009, 2010 e 2011.

De setembro de 2010 a agosto de 2011, após a obrigatoriedade do uso das cadeirinhas, o número de crianças vítimas do trânsito caiu para 227. Entre setembro de 2009 e agosto de 2010, quando a lei ainda não estava em vigor, o total era de 296. O instituto destaca ainda que, nos quatro anos anteriores à aprovação da legislação, as mortes de crianças em acidentes de trânsito cresciam gradualmente. Entre setembro de 2005 e agosto de 2006, 238 menores de 10 anos haviam perdido a vida.

Ainda de acordo com a avaliação do Ipea, as principais vítimas são crianças com até 2 anos, que somaram 32% de todos óbitos infantis registrados de setembro de 2005 a agosto do ano passado. Durante o período em questão, a maioria das mortes (42,5%) aconteceu em finais de semana e 23,9% nos meses das férias escolares. O resultado da pesquisa é de grande relevância, principalmente em um país como o Brasil, que registra consecutivas altas no número de mortes no trânsito.

DENTRO DA LEI

Segundo a atual legislação, crianças de até 12 meses devem ser transportadas no equipamento conhecido como bebê-conforto. Passageiros de 1 a 4 anos têm que viajar em cadeirinhas, enquanto os de 4 a 7 anos e meio podem ser acomodados em um assento elevatório. Crianças com idade superior a 7 anos e meio e igual e inferior a 10 anos são obrigadas a usar cinto de segurança do veículo. O descumprimento da lei é considerado infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro, acarretando multa de R$ 191,54 e perda de sete pontos na habilitação.

 

Fonte | Agência Brasil

 

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