
Transporte Amor 2025: expectativa é de mais de 110 doações de sangue este ano
11 de novembro de 2025De motorista a passageiro, na segunda edição do Transporte Amor 2025, mais de 30 condutores do transporte público mudaram sua rotina com um propósito coletivo, ajudar quem precisa
Conduzido pelo motorista Jailson Correia, o ônibus recentemente colorido à mão por crianças ganhou, na manhã desta quarta-feira (12), um novo percurso. Com um itinerário marcado pela solidariedade, mais de 30 motoristas trocaram o volante pelo assento de passageiro, desembarcando às 8h no Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) com o objetivo de salvar vidas por meio da doação de sangue. A ação faz parte do projeto Transporte Amor, uma iniciativa do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) que, semestralmente, convoca colaboradores do setor, parceiros do sistema e a sociedade para um mutirão em favor da vida.
“Doar sangue é um gesto simples, mas capaz de transformar a vida de quem precisa e levar esperança a muitas famílias. A cada edição do Transporte Amor, percebemos ainda mais a importância de incentivar novas pessoas a realizarem a doação. Hoje, os motoristas e colaboradores do setor assumem uma missão diferente da rotina deles, mas com o mesmo propósito de sempre: cuidar de vidas”, ressalta a presidente do Setransp, Raissa Cruz.
A iniciativa ainda conta com a parceria da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros de Alagoas e Sergipe (Fetralse) e das empresas que prestam o serviço de transporte público na Grande Aracaju, além do apoio do Sest Senat e da Fecomércio.
Em junho deste ano, a primeira edição do Transporte Amor 2025 reuniu mais de 75 doações no Hemose e no Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe (IHHS). Hoje, somente os motoristas do transporte público fizeram as doações deste ano chegarem a mais de 100. Quando multiplicado por quatro, já que cada bolsa de sangue pode beneficiar até quatro pacientes, o resultado ganha ainda mais significado: mais de 400 vidas alcançadas pelo gesto de amor ao próximo.
“É uma alegria enorme participar do Transporte Amor. Hoje, eu não apenas conduzi meus colegas de trabalho ao Hemose, como também realizei a doação de sangue. Sei que esse simples gesto pode salvar até quatro vidas, então aproveito a oportunidade para fazer um apelo à sociedade: doem também, ajudem quem tanto precisa”, explica Jailson Correia, motorista da Viação Atalaia há quatro anos.
Najara Santos, auxiliar de Recursos Humanos da empresa, esteve presente durante as doações e ressalta que, desde 2022, a Viação Atalaia tem uma participação ativa no projeto, e que a iniciativa do Setransp traduz em ação a essência do serviço de transporte público.
“Este ano, assim como nos anteriores, convidamos nossos colaboradores para somar nesse projeto lindo do Setransp. Nós entendemos que esse mutirão simboliza o verdadeiro espírito coletivo do transporte público, que é cuidar de pessoas e promover o bem-estar. Diariamente, conscientizamos nossos motoristas de que conduzir um veículo é guiar vidas. A Viação Atalaia reforça o seu orgulho em integrar o Transporte Amor e parabeniza o Setransp por essa iniciativa.”
A superintendente do Hemose, Fernanda Kelly Fraga, agradeceu pela iniciativa do Setransp, bem como a todos os colaboradores que se dispuseram a realizar a doação.
“Em nome da Diretoria Executiva da Fundação de Saúde Parreiras Horta e de toda a equipe do Hemocentro Coordenador do Estado de Sergipe (Hemose), gostaríamos de agradecer, na pessoa da presidente do Setransp, Raissa Cruz, e, em especial, à empresa Atalaia, por este momento de alegria que é a doação voluntária de sangue. Nosso muito obrigado a todos vocês que estiveram conosco na manhã de hoje, fazendo parte de um gesto de amor e solidariedade ao próximo. Parabéns e o nosso sincero agradecimento”.
Medula óssea
Alguns colaboradores do setor também realizaram o cadastro no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), ampliando as chances de compatibilidade com quem precisa de um transplante. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a chance de encontrar um doador não aparentado compatível é de uma em cada 100 mil pessoas. Segundo informações do Redome, divulgadas em setembro deste ano, cerca de 6 milhões de brasileiros estão cadastrados como doadores voluntários de medula óssea, representando, muitas vezes, a única esperança de cura para um paciente.











