Nota- Setor de transporte busca alternativas sobre o uso da catraca alta
27 de janeiro de 2025O novo modelo busca ampliar a mobilidade dos usuários na passagem pela catraca, sem abrir mão da segurança dentro do veículo
Com o objetivo de ampliar a mobilidade dos passageiros que utilizam o transporte público de Aracaju e da Região Metropolitana, o setor de transporte apresentou um novo modelo de catraca dupla resultante de pesquisas e estudos comparando com outras capitais, foi apresentado nesta terça-feira, 4, no estacionamento do Teatro Tobias Barreto, ao lado do Terminal DIA. O novo modelo seguirá para avaliação da Prefeitura de Aracaju e Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) para então possa começar a ser adotado.
“A maior preocupação do setor é a segurança dos passageiros e motoristas, e com certeza não podemos deixar de considerar a melhor mobilidade das pessoas, o acesso ao ônibus. Inclusive lamentamos não ter pensado nessa iniciativa com maior mobilidade antes, já que quando lançada em 2023 a medida foi urgente diante do volume crescente de ocorrências de pulos de catraca seguidos de arrastões ou ameaças. Contudo, esse novo modelo de catraca traz modificações que buscam proporcionar maior flexibilidade na passagem dos usuários, mantendo a segurança”, pontuou a presidente do Setransp, Raissa Cruz.
A utilização da catraca dupla desde 2023 em algumas linhas do transporte público coletivo já reduziu em quase 100% os pulos de catraca. Essa prática criminosa, prevista no artigo 176 do Código Penal com pena de detenção, interfere no cálculo da tarifa, na distribuição da frota e ainda gera pânico dentro do coletivo.
Somente em 2024 foi registrado uma média de 29 mil pulos por mês, cerca de R$ 1,5 milhão ao ano de evasão de receita. Em 2023, o número era ainda maior. Mas quem mais é onerado com o pulo de catraca é o passageiro que paga a passagem.
Quando alguém usa o ônibus sem pagar, pulando a catraca, deixa de ser contabilizado como passageiro e isso vai influenciar no cálculo da tarifa. Ou seja, será o mesmo custo do transporte dividido por uma quantidade menor de passageiros, que pagam a conta daqueles que pularam.
Para o novo modelo da catraca houve a ampliação de 10 centímetros do espaço na parte superior e também do tamanho da catraca, proporcionando maior flexibilidade no movimento de passagem pelo equipamento. São cerca de 25% da frota do transporte que contam com a catraca dupla, para a adaptação do novo modelo será necessário um período de ao menos 70 dias e um investimento médio de R$1,8 mil por veículo.
O setor de transporte também irá reforçar as campanhas de conscientização junto aos motoristas e passageiros sobre o uso do ônibus. Os assentos da dianteira, por exemplo, são de uso exclusivo às gestantes, mulheres com crianças de colo e às pessoas com obesidade. Essas pessoas podem embarcar e desembarcar pela dianteira, mesmo diante do novo modelo de catraca.