Transporte público pode voltar a estado de crise com desequilíbrio econômico

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Enquanto diversas capitais, que nem concederam ainda os reajustes salariais aos seus rodoviários, já reajustaram a tarifa de ônibus, em Aracaju, onde empresas que prestam o serviço de transporte coletivo firmaram acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Aracaju (Sinttra) para que a categoria recebesse um reajuste de 8%, sem o reajuste na tarifa, o desequilíbrio econômico do setor ameaça um novo período de crise.

 

Conforme o acordo, o reajuste retroativo a 1º de março, e os rodoviários passam a receber também 11,11% de reajuste nos tickets alimentação, além de pagamento dos tickets nas dobras de serviço. O reajuste salarial dos rodoviários ocorre consecutivamente todos os anos, assim como, de praxe, são reajustados os impostos, o preço do óleo diesel, das manutenções, da depreciação dos veículos com investimentos em novos veículos, entre outras despesas para prestação do serviço do transporte. Mas e a contrapartida com a tarifa de ônibus? Não está havendo.  

 

Em Porto Alegre, onde desde 07 de abril a tarifa subiu de R$ 2,80 para R$ 2,95, o reajuste aos rodoviários marcou um percentual menor do que em Aracaju, com 7,5%. Já em outras cidades, antes de se concluir as negociações com os rodoviários, já foi conferido o reajuste tarifário. Em Maceió, a passagem recentemente aumentou de R$ 2,30 para R$ 2,50. Em Boa Vista, a passagem de ônibus, desde 2 de janeiro deste ano, passou de R$ 2,25 para R$ 2,60. No Rio de Janeiro, o reajuste começou a vigorar em 8 de fevereiro, subindo de R$ 2,75 para R$ 3. Em Cuiabá, o reajuste foi aprovado em março, de R$ 2,60 para R$ 2,80.

 

“A tarifa é importante para manter os investimentos e dar equilíbrio ao setor com o aumento dos custos para o serviço, e, em muitos momentos, com a queda do número de passageiros. De acordo com a Lei Municipal, que rege a questão da passagem do transporte coletivo, a única forma de manter esse equilíbrio, principalmente em uma cidade como Aracaju que o transporte não tem subsídio, é garantir uma tarifa acessível para o cidadão e justa para as empresas”, explicou o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju, Adierson Monteiro, defendendo a sensibilidade dos governos para o transporte público.

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