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18 de julho de 2011 A criação de corredores exclusivos para os ônibus, reivindicada pelo Sindicado das Empresas de Transporte Urbano de Ribeirão Preto, ajudaria a baratear o valor da passagem. A queda no preço se explica, pois o trânsito livre para os coletivos reflete no consumo menor de diesel, o que poderia desonerar a tarifa (hoje a R$ 2,40, comum e R$ 2,60, integrada) – em até 2%.
A discussão voltou à tona na semana passada, depois de as concessionárias terem protocolado na Transerp pedido para aumento da tarifa em 15%. Se aceito pela prefeita Dárcy Vera (DEM), as passagens saltam para R$ 2,76 (comum) e R$ 3 (integrada).
O presidente do sindicato, Luiz Gustavo Vianna, afirma que os corredores oferecem condição de coletivos circularem com velocidade maior, com consumo de diesel menor. Pelos cálculos, os ônibus percorreriam 2,75 km por litro, contra 2,5 km feitos atualmente. A diferença parece ser pequena, mas ao final o impacto financeiro para manter o transporte público torna-se grande. Só o combustível reflete 15,5% na planilha de custos das empresas, explica.
Alternativas
O professor Coca Ferraz, especialista em trânsito da USP (Universidade de São Paulo) em São Carlos, vê os corredores como alternativa para baratear a passagem. Se aumenta a velocidade dos coletivos, o gasto com combustível é menor. Entretanto, é um projeto difícil para ser implantado, já que as ruas não foram planejadas, pontua.
Outra vantagem da medida é que as empresas podem circulam com até número menor de ônibus e manter o cumprimento dos horários. Sou a favor também da concessão de subsídios para as concessionárias, que pode ser implementada de várias formas, como a renúncia fiscal, completa.
Segundo as concessionárias, o pagamento da Taxa de Gerenciamento e Fiscalização e do ISS (Imposto Sobre Serviços), onera o valor da passagem em 4%.
O especialista em finanças públicas da USP, Carlos Campelo, explica que a administração municipal só pode renunciar tributos a favor das concessionárias, caso alterar o modelo de concessão do transporte público em vigor. Já o subsídio é permitido desde que a medida seja regulamentada por lei. O pagamento do subsídio é considerada uma despesa e depende da disponibilidade de verbas.
Sobre a criação de corredores, Campelo acredita que a implantação influencia mais na questão da mobilidade urbana e não teria impacto no valor da tarifa.
Fonte: A Cidade