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Não seja o DJ do ônibus. Esse é o nome da campanha que está circulando na rede social Twitter. A campanha nasceu em Curitiba, Paraná, com o objetivo que conscientizar os passageiros a utilizar fones de ouvido enquanto escutam música do celular em respeito às outras pessoas que também utilizam o transporte coletivo. O incômodo vem, em primeiro lugar, pelo som alto e depois pelo tipo de música, já que não são todas as pessoas que apreciam os mesmos estilos musicais.

Aqui em Brasília as coisas não são diferentes. Vários passageiros reclamam do alto volume das músicas que outras pessoas colocam em seus aparelhos celulares, o que pode tornar a ida ao trabalho ou a volta pra casa muito mais estressante.

Eu acho uma falta de respeito, declara Nicole Peres, 18 anos, sobre os celulares dos DJs. Ela diz que, além da falta de consideração com os demais passageiros, essas pessoas escutam músicas que nem sempre são do agrado de todos. Cada um escuta o que quiser. Mas tem gente que coloca rap, funk, essas coisas. Eu não gosto. Além disso Nicole afirma que esse hábito pode constranger os idosos que precisam do transporte.

Mas engana-se quem pensa que esse é um problema apenas dos transportes coletivos. Existem também, DJs de fila de ônibus, de bar, de praça de alimentação, entre outros tantos que escutam suas músicas em qualquer local sem se importar com quem está ao lado.

Rafael Souza e Débora Greyce de Oliveira defendem o ato e também escutam suas músicas em ônibus. É bom ouvir a música alta por causa do barulho que o ônibus faz, que também é alto. Não me incomodo com quem coloca a música, diz Débora. Mas a amiga de Débora, Noemi Vieira, acredita que as pessoas ficam sim incomodadas, pois não é todo mundo que gosta de rap ou funk. Eu gosto de funk, mas algumas pessoas não, explica a estudante.

DOR DE CABEÇA

Os celulares que tocam música no formato em MP3 viraram dor de cabeça, pelo menos para os usuários dos ônibus. E na hora de ir trabalhar, ainda com sono, ou depois de um dia cansativo de trabalho nem todos querem escutar música. Se as pessoas estão indo trabalhar elas tem que estar acordadas, não é pra dormir, diz Rafael, que gosta de colocar música no celular para todos ouvirem.

Danilo Araújo discorda e não gosta da festa matinal. Eu tenho muita raiva quando alguém coloca música para tocar, ainda mais pela manhã. Tem dia que toca até rádio Tupi, revolta-se. Danilo diz ainda que as pessoas responsáveis pelo som do ônibus são aqueles que geralmente sentam no fundão.

INICIATIVA

A campanha Não seja o DJ do ônibus nasceu em agosto a partir da iniciativa de dois amigos que moram em Curitiba, que não aguentavam mais ouvir música contra a vontade. Após ouvir comentários e reclamações sobre essa galera que deixa o celular no último volume, resolvemos criar essa campanha pelo Twitter (@busaocuritiba) para tentar diminuir a ocorrência desse fato nos ônibus aqui da capital paranaense, explica Ricardo, criador da campanha.

O Twitter é uma rede social em que os participantes podem compartilhar links, fotos e publicar frases com no máximo 140 caracteres. Os amigos fizeram um cartaz virtual e passaram a divulgá-lo por meio da rede social. Muita gente tem a mesma opinião sobre esse assunto e, com isso, passaram a ajudar na divulgação. Foi o modo de externar o mesmo ideal, diz Ricardo.

SAIBA +

A campanha Não seja o DJ do ônibus começou em agosto.

Atualmente, ela acontece apenas na internet, mas os organizadores pretendem expandí-la para as ruas

Para isso, serão confeccionados cartazes, camisetas e adesivos.

A campanha foi idealizada para que as pessoas respeitem o espaço de outras.

E também porque nem todas as pessoas gostam do mesmo estilo musical.

 

Fonte:  Jornal de Brasília

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