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18 de novembro de 2010
A urbanização é um dos principais desafios para a saúde pública mundial, afirmam especialistas do setor reunidos em Kobe, no Japão. Para eles, as oportunidades oferecidas pelas grandes cidades devem ser associadas à qualidade de vida. A advertência é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que coordena as discussões. Por isso há recomendações explícitas para o aperfeiçoamento do sistema de transporte coletivo e restrições ao fumo.
O desafio é elaborar propostas tendo como base as oportunidades oferecidas nos núcleos de concentração urbana. O impacto pode ser dramático ou positivo sobre a saúde de suas sociedades, disse a diretora–geral da OMS, Margaret Chan.
Ela sintetizou as orientações transmitidas aos representantes de cada país: “É necessário proporcionar transporte público seguro, investindo em serviços, e reduzir a poluição do ar, proibindo o fumo em locais públicos”.
As orientações foram baseadas em casos considerados emblemáticos. Um deles é o da cidade de Lagos – localizada na Nigéria, a segunda maior concentração urbana da África depois do Cairo, no Egito – onde o trânsito é apontado como um dos mais caóticos do mundo, segundo estudos internacionais.
Para os especialistas, o congestionamento das principais cidades do país afeta a qualidade de vida da população. O governador da região de Lagos, Babatunde Raji Fashola, afirmou que o sistema rápido de ônibus foi intensificado, aumentando a oferta de transporte seguro e eficiente para a população.
As recomendações sobre a proibição do fumo se basearam em ambientes de Xangai, na China. Para os especialistas, as autoridades devem definir vetos ao fumo em restaurantes e também à venda de cigarros, assim como à publicidade.
Paralelamente, especialistas de vários continentes promovem debates sobre as ações específicas relativas às suas áreas. No Sudeste Asiático, os ministros da Saúde aprovaram uma proposta de ação sobre urbanismo e saúde, em setembro. Nas Américas e no Pacífico Ocidental, os ministros da Saúde se comprometeram a promover ambientes mais saudáveis em áreas urbanas.
Fonte: Agência Brasil