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O gerente de projetos da Secretaria Nacional de transporte e mobilidade urbana do ministério das Cidades, João Alencar Oliveira Júnior, afirmou, durante reunião do Grupo de Trabalho Matriz Energética para o Desenvolvimento com Equidade e Responsabilidade Socioambiental do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República, que as cidades deveriam dar prioridade ao transporte público para que a mobilidade urbana melhore nas cidades.
É fundamental repensar nas nossas necessidades de deslocamento na cidade e nas atividades econômicas na cidade, ou seja, fazer com que as pessoas necessitem menos se deslocar e se precisarem que as distâncias sejam curtas e que possa se fazer isso a pé ou de bicicleta.
Alencar disse para melhorar a mobilidade é preciso investimento maciço em transporte público, ou seja, não se pode pensar na cidade dependendo de transporte individual. Esses engarrafamentos, a persistir essa falta de investimento público só tende a se agravar. Na realidade, toda e qualquer ação no sentido da melhoria das condições de transporte devem ser aprumadas no transporte público. Para ele é preciso criar meios para que os cidadãos não precisem se deslocar de cidades próximas à capital para trabalhar.
A conselheira do CDES, Esther Bemerguy, ressaltou que o conselho já incluiu em sua carta de propostas sobre as melhorias na matriz energética do país, recomendações relacionadas ao transporte. Uma delas é que se passe a dar maior incentivo ao transporte hidroviário que usa menos combustível do que o transporte rodoferroviário. Outra recomendação do conselho é a ênfase no transporte público e de preferência que seja poupador de combustível, que use cada vez menos diesel e gasolina.
A terceira recomendação do CDES é que as cidades sejam pensadas para pouparem energia. Isso engloba a questão das pessoas morarem próximas ao trabalho, que a escola dos filhos sejam próximas ao local de moradia. Por isso, ela enfatizou que uma série de mudanças na organização dos municípios é necessária para criar uma cidade sustentável. Queremos mostrar que o desenvolvimento urbano e da matriz de transporte adequado, pode resultar também em forte economia e mitigação do dióxido de carbono.
Segundo a conselheira, como as cidades já estão estruturadas de forma errada as medidas para promover as melhorias são de médio e longo prazo.
Fonte: TRIBUNA DO BRASIL – DF