Planejamento urbano não pode ser separado da mobilidade

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Por Adalberto Maluf Filho

 

 

Garantir a plena mobilidade de pessoas, bens e serviços será crucial para o desenvolvimento econômico e social de qualquer cidade no mundo. O planejamento urbano não pode ser separado da política habitacional ou de mobilidade.

Em última instância, uma importante decisão política deve ser tomada em relação ao modelo de cidade em que queremos viver e ao destino dos investimentos públicos em mobilidade.

Construir mais infraestrutura viária só consegue aliviar congestionamentos temporariamente. Nenhuma cidade do mundo conseguiu resolver os desafios da mobilidade construindo mais ou maiores avenidas.

Existe consenso entre especialistas de que aumentar a densidade habitacional ao redor dos grandes eixos de transporte público, bem como ampliar os investimentos no modal que realmente pode chegar a todos os cantos da cidade-os corredores de ônibus-, será a chave do sucesso para qualquer cidade que almeja ser líder global.

Uma análise mais detalhada do estudo internacional Observatório de Mobilidade Urbana (CAF 2009) nos permite encontrar correlações significativas entre baixa densidade habitacional e alto uso do transporte privado, como em Buenos Aires, líder em baixa densidade, alto uso dos veículos privados e grandes congestionamentos.

Bogotá, no outro extremo, tem a maior densidade habitacional, a maior rede exclusiva de corredor de ônibus, e, consequentemente, o maior uso de transporte público.

Já Curitiba e a Cidade do México se destacam por estarem fora da tendência, uma vez que, apesar da baixa densidade habitacional, conseguiram manter altos índices de transporte público, o que é explicado pela prioridade dos investimentos nos corredores exclusivos de ônibus.

Buscar uma gestão democrática do espaço viário urbano pela superfície, com a escolha do modal correto para cada realidade financeira, será primordial para a competitividade das cidades em atrair e manter empregos de qualidade.

Fonte: Nossa São Paulo

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