Ações de emergência para baratear passagens
5 de abril de 2004
Debate focaliza as mulheres no transporte público
26 de julho de 2004
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Idade, estado de saúde, deficiências físicas ou mentais, estatura, peso. Essas são as principais condicionantes que restringem o acesso de milhares de pessoas aos meios de transporte público. São comuns os casos de usuários que têm dificuldade para obter informações, chegar até os terminais rodoviários e pontos de parada, entrar nos veículos e realizar seu deslocamento. De acordo com o Ministério das Cidades, 14,5% (26 milhões de pessoas) da população brasileira têm algum tipo de deficiência. O número de idosos no país (acima de 60 anos) também já chega a 8% do total de habitantes, sendo que a expectativa para 2025 é que esse índice suba para 15%. Essa população aumentou duas vezes e meio mais rapidamente que a população jovem entre 1991 e 2000, e 75% dos idosos são considerados pobres. Criar condições para que essas pessoas com dificuldade de locomoção possam ter acesso ao sistema de transporte, aos equipamentos urbanos e à livre circulação é o principal objetivo do programa Brasil Acessível, desenvolvido pela Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana (SeMob), do Ministério das Cidades. Com o auxílio de diversas instituições, o governo federal pretende implantar uma política pública voltada para a inclusão efetiva, que reúna um conjunto de ações para eliminar as desvantagens e aumentar as oportunidades das pessoas com restrições de mobilidade. O Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana conta com o apoio de governos municipais e estaduais, como também de entidades privadas, institutos de pesquisas e organizações da sociedade civil. Por meio desse projeto, Estados e municípios são convidados a elaborar seus próprios programas de acessibilidade, sendo que esses devem conter etapas de trabalho, metas a serem atingidas e indicadores de avaliação. Através de instituições parceiras, serão oferecidos instrumentos para capacitação pessoal e elaboração de um diagnostico sobre legislação local, bem como sobre as condições de acessibilidade do município. A partir de 2005, a CNT, através do Sest/Senat, irá oferecer vários tipos de cursos para capacitação de pessoal. Um desses cursos será destinado a elaboração de medidas que facilitem o acesso de pessoas com restrições de mobilidade e num outro formato, instrutores do Sest/Senat serão treinados para preparar pessoas com deficiência que desejam trabalhar na área de transporte. Motoristas e cobradores também serão treinados para atender crianças, idosos, gestantes, obesos e portadores de deficiências da melhor maneira possível. O objetivo do Sest/Senat é capacitar 390 mil motoristas e cobradores até dezembro de 2008. Além de apresentar maneira adequada de atuar junto as pessoas com deficiência, o curso vai promover discussões sobre dignidade e respeito. Os instrutores vão mostrar, ainda, que cada pessoa tem suas limitações e diferenças para conscientizar os trabalhadores da importância da colaboração de todos para o desenvolvimento social.

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