Setor lança campanha para qualificar transporte público

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O Programa Emergencial de Qualificação do Transporte Público por Ônibus, apresentado pela NTU como proposta ao governo federal, contempla pilares estratégicos para melhorar e qualificar, em curto prazo, o transporte público nas cidades brasileiras. Essa proposta é alvo da Campanha Nacional de Qualificação das Redes Convencionais de Transporte Público Urbano que a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) lançada dia 6 de novembro, como uma de suas ações para buscar a qualificação dos serviços de ônibus.

 

A proposta da NTU se insere dentro das oito medidas para melhoria do transporte público coletivo urbano no Brasil, apresentadas pela entidade em manifestação pública à sociedade, no último mês de julho. Além disso, medida idêntica foi contemplada em uma resolução aprovada no mês de outubro pelo Conselho das Cidades que recomenda proposta ao governo federal para o Pacto Nacional pela Mobilidade Urbana.

 

“Com a proposta nossa intenção é melhorar a qualidade dos serviços e reduzir os custos de operação, com a implantação de quatro mil quilômetros de faixas exclusivas em 46 municípios, todas as capitais e cidades com população superior a 500 mil habitantes, nos próximos 12 meses”, esclarece o presidente da NTU, Otávio Cunha.

 

Nessa linha, o programa proposto inclui a construção de faixas exclusivas de ônibus, com fiscalização eletrônica em tempo integral e melhorias nos pontos de parada, incluindo painéis de informações sobre rotas e horários dos coletivos. Esses projetos demandam soluções tecnológicas simples, sem intervenções físicas relevantes e com retorno imediato para o usuário.

 

Bons exemplos – Para estimular a implantação das faixas exclusivas, a NTU chama a atenção para as experiências recentes de Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia, entre outros exemplos positivos na implantação desse sistema. Com a publicação “Faixas exclusivas de ônibus – experiências de sucesso” a NTU também pretende difundir a medida e contribuir com a divulgação de conhecimentos para a elaboração de projetos de mobilidade urbana. Segundo o presidente da NTU, o governo tem cobrado o setor pela falta de propostas nessa linha. “No caso das faixas, estamos mostrando porque e como fazer”, reforça Cunha.

 

Ainda com relação às faixas seletivas, o presidente da NTU explica que as soluções devem ser adaptadas a cada realidade. “O mais importante é mostrar que esta é uma medida barata, rápida e eficiente, que serve para qualquer tamanho de cidade”, ressalta o presidente.

 

A publicação “Faixas exclusivas de ônibus – experiências de sucesso” traz, detalhadamente, critérios técnicos, desenhos urbanos e os principais resultados operacionais obtidos em três capitais (Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia) após a adoção das faixas exclusivas e corredores BRS (Bus Rapid System, ou Sistema de Ônibus Rápido, em livre tradução). Em São Paulo, por exemplo, a velocidade dos ônibus (velocidade média nos trajetos, contando as paradas) chegou a subir 108%, reduzindo os tempos de deslocamento em até 25 minutos.

 

Principais características das faixas exclusivas:

• Garantir prioridade no sistema viário ao transporte coletivo;

• Aumentar a velocidade operacional dos ônibus;

• Diminuir o tempo do passageiro dentro do veículo;

• Impactar positivamente nos deslocamentos individuais;

• Permitir maior fluidez na circulação viária para os ônibus;

• Disponibilizar informação aos usuários, monitoramento e reeducação;

• Racionalizar a operação com a otimização da frota;

• Aumentar a produtividade do transporte público sobre pneus;

• Reduzir os custos do transporte público e, consequentemente, contribuir para a modicidade tarifária;

• Facilitar a integração com os outros modos de transporte; e

• Compartilhar os espaços da cidade de forma justa e racional.

 

 

Vantagens das faixas exclusivas:

• Implantação em curto prazo (entre 1 e 6 meses);

• Atendimento imediato às expectativas da população

usuária do transporte público por ônibus;

• Não há necessidade de desapropriações;

• Baixo custo de implantação (de 100 mil

a 500 mil reais por quilômetro);

• Utilização dos ônibus já em operação na cidade;

• Fácil associação do projeto com a área urbana do entorno;

• Redução do consumo de combustíveis (até 30%)

e da emissão de poluentes (até 40%);

• Redução de até 40% no tempo de viagem;

• Revitalização da área de intervenção; e

• Impacto positivo na mobilidade da cidade.

 

 

Campanha publicitária: o esforço para qualificar o transporte público conta com a parceria do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT). Juntas, as duas representações terão campanhas publicitárias que englobam vídeos institucionais; comercial para rádio (spot); cartazes e anúncios na mídia eletrônica, com foco na importância do uso da faixa exclusiva.  Dessa forma, a NTU acredita que poderá alcançar um público ainda maior e contar com o apoio daqueles que desejem ampliar a divulgação dessa campanha. Confira as peças!

 

Resolução recomenda priorização: a priorização dos investimentos federais na qualificação das redes convencionais de transporte público foi contemplada na Resolução Normativa do Conselho das Cidades que recomenda à Presidência da República a adoção de propostas elaboradas pelo Comitê Técnico de Mobilidade Urbana para a implantação do Pacto Nacional de Mobilidade Urbana. A Resolução Normativa foi aprovada na reunião do Conselho das Cidades ocorrido no dia 2 de outubro de 2013 e aguarda publicação oficial.

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